Sempre brincalhão e amigo das crianças (Com os filhos do "Tonito", da tia Maria Geraldes e do Ti Pinto, a Gisela e o Hugo.)Um abraço Gi e Hugo!
O Joãosito do Rui, mais as crianças do Sobral, quando andavam na creche do centro gritavam-lhe ao passar: "ó T´Xquim, tire aí o chapéu p´ra lhe vermos a careca!!". Então ele fazia-lhes a vontade, pegava na vara, enfiava-a no chapéu e erguia-o no ar para satisfazer os miúdos, dizendo duas ou três "laironas"
Uma figura castiça e carismática de Casegas.
Tenho recordações quase familiares do T´Xquim Madeira desde que me lembro que sou gente, o vizinho da "Rua de Baixo" (actualmente, "Rua da Santo António" e a nossa "Das Escolas", vá-se lá saber porquê, ainda por cima quando se vive em frente à capela, mas enfim...) do cavalo e dos bigodes.
Muitas memórias guardo desta figura emblemática e castiça de Casegas...
Lembro-me de o "chatear" constantemente: "ó T´Xquim", estique lá os bigodes!” E ele prontamente, com o seu ar sempre bem disposto, logo esticava os seus bigodes cujas pontas lhe chegavam atrás do pescoço!
Gostava muito da sua cervejinha Sagres, não era homem de muitos copos, mas a sua paragem no "Tonho Sacristão", à ida e à vinda do Casacalhal era sagrada! Sempre natural, para não fazer mal!
A Ti Ascenção e a mula ou o cavalo iam à frente, ele logo os agarrava mais adiante em passadas largas com as suas galochas pretas, que usava sempre "p´ra mor de atravessar a rbêra" (como diria o nosso Almocreve nos momentos de maior inspiração)!
Um homem bom, não se metia com ninguém, sempre bem disposto e a trabalhar!
Saciou a fome a muita gente. Aos domingos, na casa da fazenda no cascalhal, passava o dia a fazer comida para os que por ali passavam e outros que já iam a contar com o almoço!
O "sino" também não falhava um minuto, andava sempre mais certo que os toques da igreja, tocava às "Ave-Marias" de manhã à tarde e à noite, vindo a assumir esta tarefa mais tarde a ainda nos dias de hoje o Ti Zé Vicente do Cramoço (se bem que não o voltei a ouvir). O que muita gente não sabe é que não havia sino algum na casa do Cascalhal, mas sim um pedaço de ferro que o Ti João Campos lhe touxe do Rio, no qual batia com um martelo. E esta hein!
Nunca esquecerei aquela figura marcada pelo trabalho árduo dos campos, apesar das faces lisas e sempre rosadas tratadas com trabalho e borralho das terras, a quem chateava para me deixar dar uma volta com o seu chapéu preto de vez em quando…
Até sempre “ó T´Xquim”!
PS: Gilberto, sei que tens mais fotos com o T´Xquim a tocar pífaro, e outras. Se puderes envia daí do Canadá. O meu mail é rui_j_costa@hotmail.com
3 comentários:
Fui muitas vezes a casa dele buscar leite para a minha mãe fazer o queijo fresco.
Belos tempos esses que não voltam!!!
Era uma figura castiça.
Parabéns pessoal
Esta era uma secção que já se impunha a algum tempo.
Gostei particularmente da forma como nos apresentastes o t´xquim dos Bigodes.
Um bom homem sem dúvida...
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