quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Recordar a Senhora Purificação Madeira Duarte

As notícias que lemos, ouvimos e vemos todos os dias obrigam-nos a reflectir. Bem sabemos que reflectir exige esforço e tempo, e na polvorosa que é a vida da maioria de nós, não há tempo nem predisposição para grandes reflexões. E é pena, porque afinal as coisas acontecem muito diferentes do que nós pensaríamos ou esperaríamos, e somos surpreendidos. Talvez como nunca, a união é necessária sobretudo para quem menos se pode defender. Isto para recordar Purificação Madeira Duarte ( A Senhora Purificação) que dedicou uma vida inteira ao serviço do povo de Casegas como profissional de enfermagem.

Para quando o reconhecimento e a exaltação de uma mulher num momento em que os valores cívicos são subestimados?
Estas iniciativas deveriam e poderiam ser tomadas pelas forças vivas da aldeia, em prol de uma figura ainda viva, que em tempos difíceis, décadas atrás, contribuiu abnegadamente para minorar e tratar a nível de cuidados de enfermagem toda a população da aldeia. Muitas vezes com prejuízo da sua vida privada, nunca deixou de atender aqueles que a procuravam a qualquer hora do dia ou da noite, isto em tempos onde as dificuldades eram soberanas em todo o lado. Foi e é uma referência de João Semana da enfermagem para todos nós. Como cidadã e como profissional desenvolveu uma intensa actividade sem nunca regatear o que quer que seja. Sendo ainda viva e com uma saúde bastante débil, fragilizada e quase invisual, seria pertinente homenageá-la como exemplo de abnegação e incansável de competência, de humanismo, de dedicação e altruísmo que a tornou uma cidadã exemplar. Recordá-la e homenageá-la, será um acto de reencontro com a dignidade de assumir as convicções que nortearam um comportamento de grande integridade, de incontestável dedicação face às actuais contradições, e aos oportunismos que se detectam nas relações entre pessoas e entre instituições. Recordar e homenagear a
“Senhora Purificação” perpetuando o seu nome numa sala do posto médico, ou numa rua, seria um acto de gratidão e reconhecimento pelos serviços prestados à comunidade caseguense e que dignificaria quem o prestasse.
por Tó Luís

6 comentários:

Anónimo disse...

Subscrevo plenamente a tuas palavras Tó Luís.

atumnespereira disse...

Proponho que se pense em alterar o nome do posto de saude. Em vês de se chamar Carlos Pinto, passaria a chamar-se Purificação Madeira Duarte. Era a melhor homenagem a uma mulher que ajudou a nascer, a crescer, a viver e a morrer muita gente de Casegas.

MUL@ disse...

Apoiado, apoiado, apoiado Atum! Isso é que era! Essa mulher deu muito de si à esta terra faz todo o sentido que seja homenageada. Mas por estas paragens, têm a mania de homenagear que não faz ponta de corno!

Festivaleiro disse...

Estão a ser injustos. Qu'esse homem já fez muito por Casegas...

Por exemplo... por exemplo... é lá que não me vem nada à moina.

Ah, já sei:
- aumentou o preço da água.
- cobra por serviços que não presta.
- endivida a Câmara e obra feita que é dela?
- e por aí fora :)

:))))))))))))))))

MUL@ disse...

Lol! Oh Calhondra, tens cada uma!

Anónimo disse...

Será que me ajudou a nascer?