quinta-feira, fevereiro 22, 2007

A CONTRIBUIÇÃO DAS MULHERES PARA A CRIAÇÃO DA RIQUEZA EM PORTUGAL É CADA VEZ MAIOR MAS AS DESIGUALDADES DE GÉNERO NÃO DIMINUEM


RESUMO DESTE ESTUDO

A CGTP-IN vai realizar no próximo dia 22 de Maio a sua V Conferencia sobre “Igualdade entre Mulheres e Homens”. É uma altura adequada para fazer um pequeno balanço sobre a situação da mulher em Portugal em alguns aspectos: os relacionados com o seu contributo para o desenvolvimento do País (evidentemente não todos), em particular nos 4 anos de governo de Sócrates.

Entre 2001 e 2008, a participação da mulher na criação de riqueza em Portugal, medida através do emprego, aumentou de 45% da população empregada para 46,2%. Se essa análise for feita por níveis de escolaridade conclui-se que a participação é tanto maior quanto mais elevado é o nível de escolaridade considerado. Por ex., em 2008, 43% da população empregada com um nível de escolaridade até ao básico (3º ciclo) eram mulheres, mas a nível da população com o ensino secundário essa participação já subia para 48,1% e, a nível de ensino superior, atingia 59,1% do emprego com este nível de escolaridade.

Apesar das mulheres representarem ainda menos de metade quer da população activa (46,8% em 2008) quer da população empregada (46,2% em 2008), no entanto, o desemprego feminino correspondia, em 2008, a 54,5% do desemprego total. Se a análise for feita por níveis de escolaridade, as conclusões são ainda mais graves. Em 2008, as mulheres representavam 50,2% dos desempregados com o ensino básico; 59% dos com o ensino secundário, e 71,4% dos com o ensino superior. Portanto, quanto mais elevado era a escolaridade maior percentagem de desempregados com esse nível de escolaridade eram mulheres. A discriminação com base no género é evidente nesta área.

A discriminação que continuam sujeitas as mulheres no campo das remunerações em Portugal é também grande e chocante, sendo revelada pelos próprios dados oficiais. Segundo dados dos quadros de pessoal divulgados recentemente pelo Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, em 2007, cerca de 44,3% das mulheres trabalhadoras empregadas recebiam uma remuneração base inferior a 500 euros, enquanto a percentagem de homens era apenas de 25,1%. Por outro lado, em Abril de 2008, 9,7% das mulheres trabalhadoras recebiam apenas o salário mínimo nacional, o que era mais do dobro da dos homens, pois a percentagem destes que recebiam o salário mínimo nacional, nessa data, era 4,6%

Mas é quando se faz uma análise mais fina com base nas qualificações e na escolaridade que a discriminação a que continuam a ser sujeitas as mulheres se torna ainda mais chocante.

Em 2007, o ganho médio das mulheres era inferior ao do homens, em -30,5% a nível de “quadros superiores”; em -19,5% a nível de “quadros médios”; em -16,0% a nível de profissionais altamente qualificados; em -15,7% a nível de “profissionais qualificados”; em -19,8% a nível de “profissionais não qualificados”; e em -8,3% a nível de “praticantes e aprendizes”. Portanto, a desigualdade de ganhos é tanto maior quanto mais elevada é a qualificação da mulher.

Situação muito semelhante se verifica em relação à escolaridade. De acordo com o Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, em 2007, o ganho médio da mulher com o 1º ciclo básico correspondia a 76,6% da do homem a nível de “quadros superiores”; a 71,6% a nível de “quadros médios”; a 86,7% a nível de “profissionais não qualificados”; e a 88,3% a nível de “praticantes e aprendizes. Relativamente a licenciados a diferença de ganhos entre homens e mulheres é ainda maior, pois o ganho médio das mulheres correspondia apenas a 65,7% do ganho médio dos homens a nível de “quadros superiores”; a 76,3% a nível de “quadros médios”; a 86,2% a nível de “profissionais não qualificados” ; e a 86,5% a nível de “aprendizes e praticantes. Portanto, em 2007, quanto mais elevada era a qualificação e escolaridade da mulher maior era a desigualdade de ganhos entre homens e mulheres. A discriminação com base no género também é evidente neste caso.

Mas não se pense que a discriminação a que continua sujeita a mulher actualmente em Portugal se limita à vida activa. De acordo com dados do próprio Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, essa discriminação continua quando a mulher se reforma, e com uma dimensão que não é menor. Em Março de 2009, portanto já este ano, a pensão de invalidez da mulher era apenas de 283,54 euros o que correspondia a 77,1% da do homem (367,93€); e a pensão média de velhice da mulher era, também em Março de 2009, de apenas de 292,12 euros, o que correspondia a 59,5% da pensão média de velhice recebida pelos homens (490,93€). Portanto, as pensões dos homens, em Março de 2009, eram baixas, mas as recebidas pelas mulheres eram ainda muito mais baixas, o que prova que a discriminação com base no género não se limita apenas à vida activa, mas prolonga-se também na reforma.

A CGTP-IN vai realizar no próximo dia 22 de Maio a sua V Conferencia sobre “Igualdade entre Mulheres e Homens”. É uma altura adequada para fazer um balanço, mesmo pequeno para não tornar estudo demasiadamente longo, utilizando os dados oficiais mais recentes, sobre a situação da mulher em Portugal em alguns aspectos: apenas os relacionados com o seu contributo para o desenvolvimento do País (evidentemente não todos), e avaliar como esse contributo é reconhecido. E como se concluirá rapidamente a situação da mulher em Portugal não melhorou durante o governo de Sócrates, tendo-se mesmo agravado em várias áreas importantes (emprego, ganhos etc.).

A PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NA CRIAÇÃO DA RIQUEZA EM PORTUGAL É JÁ ELEVADA, CRESCENDO A SUA PARTICIPAÇÃO COM O AUMENTO DE ESCOLARIDADE

A população activa, ou seja, aquela com capacidade produtiva tem aumentado em Portugal devido fundamentalmente ao crescimento da participação da mulher. Por ex., entre 2004 e 2008, a população activa portuguesa aumentou em 137,1 mil; deste total, 74,6% são mulheres e apenas 25,3% homens. Mas é a nível do emprego que essa maior participação da mulher na actividade produtiva se concretiza e torna mais visível. O quadro seguinte, construído com dados do INE, mostra o nível de participação das mulheres na criação da riqueza em Portugal, medida através do emprego, e como essa participação evoluiu no período 2001-2008 de acordo com o nível de escolaridade.

QUADRO I – Participação da mulher na produção de riqueza em Portugal, medida através do emprego, de acordo com o nível de escolaridade no período 2001-2008

ANO

Ensino até ao básico

Ensino

Secundário

Ensino

Superior

% que as Mulheres representam do emprego de acordo com o nível de escolaridade

Milhares

Milhares

Milhares

H

M

H

M

H

M

TOTAL

Básico

Secundário

Superior

2001

2.281,8

1.701,9

323,0

306,3

204,8

293,7

45,0%

42,7%

48,7%

58,9%

2004

2.154,1

1.594,5

356,3

341,6

273,8

402,6

45,7%

42,5%

48,9%

59,5%

2005

2.107,9

1.586,9

377,5

363,4

280,0

406,9

46,0%

42,9%

49,0%

59,2%

2006

2.099,8

1.568,3

390,6

386,7

299,3

414,8

45,9%

42,8%

49,7%

58,1%

2007

2.093,9

1.566,2

393,2

383,4

302,2

430,8

46,0%

42,8%

49,4%

58,8%

2008

2.069,1

1.560,3

410,5

381,2

317,4

459,2

46,2%

43,0%

48,1%

59,1%

FONTE: Estatísticas do Emprego - 4º Trimestre 2008 – INE

Entre 2001 e 2008, a participação da mulher na criação de riqueza em Portugal, medida através do emprego, aumentou de 45% da população empregada para 46,2%. Mas se essa análise for feita por níveis de escolaridade conclui-se que a participação é tanto maior quanto mais elevada é a escolaridade considerada. Por ex., em 2008, 43% da população empregada com um nível de escolaridade até ao básico (3º ciclo) eram mulheres, mas a nível da população empregada com o ensino secundário essa participação já subia para 48,1%, e a nível de ensino superior atingia 59,1%. E como o nível de criação de riqueza depende cada vez mais da qualificação e, esta do nível de escolaridade, é legitimo concluir que a contribuição das mulheres para a criação da riqueza em Portugal seja mais elevada do que a percentagem do emprego das mulheres no emprego total (46,2% em 2008).

O DESEMPREGO FEMININO É TANTO MAIOR QUANTO MAIS ELEVADA É ESCOLARIDADE TENDO AUMENTADO MUITO COM ESTE GOVERNO

Em 2008 as mulheres representarem menos de metade da população empregada, no entanto elas representavam muito mais de metade do total dos desempregados e a percentagem tem aumentado nomeadamente nos níveis de escolaridade mais elevada, como revela o quadro seguinte, construído com dados do INE.

QUADRO II – Desemprego de acordo com género por níveis de escolaridade. 2004/2008

RÚBRICAS

2004

2005

2008

Variação

Percentagem do desemprego das mulheres no

2004-2008

No desemprego total

52,7%

53,1%

54,5%

+3,5%

No desemprego com o ensino básico

50,1%

50,4%

50,2%

+0,2%

No desemprego com o ensino secundário

57,4%

58,2%

59,0%

+2,8%

No desemprego com o ensino superior

64,1%

64,1%

71,4%

+11,3%

FONTE : Estatística do Emprego - 4º Trimestre de 2008 – INE

Em 2004 as mulheres representavam 45,7% da população empregada e, em 2008, 46,2%. No entanto, o desemprego feminino representava 52,7% do desemprego total em 2004, e 54,5% em 2008.

Se a análise for feita por níveis de escolaridade, conclui-se que, em 2004, o desemprego feminino representava 50,1% dos desempregados com o ensino básico ou menos; 57,4% dos desempregados com o ensino secundário; e 64,1% com ensino superior. Portanto, a percentagem era tanto maior quanto mais elevada era a escolaridade.

Se analisarmos a evolução verificada no período 2004-2008, ou seja, o período de funções do actual governo, conclui-se que a situação da mulher agravou-se ainda mais. Assim, em 2008, as mulheres representavam 50,2% dos desempregados com o ensino básico, 59% dos com o ensino secundário, e 71,4% dos com o ensino superior.

A DESIGUALDADE DE GANHOS ENTRE HOMENS E MULHERES CONTINUA A SER TANTO MAIOR QUANTO MAIS ELEVADA É A QUALIFICAÇÃO

Uma outra forma de desigualdade de género que não tem diminuído em Portugal é a nível de ganhos. A analise dos ganhos dos trabalhadores de acordo com as qualificações revela que a desigualdade é tanto maior quanto mais elevada é a qualificação, como revela o quadro seguinte, construído com dados dos quadros de pessoal divulgados pelo Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social.

QUADRO III – Variação do ganho médio por qualificações, e dentro destas por género: 2004/2007

ANOS

Quadros Superio- res

Quadros Médios

Encarre-gados, contrames-tres, mestres e chefes de equipa

Profissionais Altamen-te Qualificados

Profissio- nais Qualificados

Profissio- nais Semiqualifi- cados

Profissio-nais não qualifica- dos

Pratican-tes e Aprendi- zes




2004-Mulher

1.806,66

1.395,15

996,66

1.180,11

668,59

543,67

481,2

468,33


2004-Homem

2.471,57

1.693,68

1.196,36

1.407,33

785,02

686,37

568,29

500,98


2004:Mulher/Homem

-26,9%

-17,6%

-16,7%

-16,1%

-14,8%

-20,8%

-15,3%

-6,5%


2007-Mulher

1.888,88

1.476,13

1.110,74

1.249,75

716,10

605,19

520,21

519,22


2007-Homem

2.719,45

1.833,56

1.336,98

1.487,98

849,82

754,38

616,28

566,44


2007:Mulher/Homem

-30,5%

-19,5%

-16,9%

-16,0%

-15,7%

-19,8%

-15,6%

-8,3%


AUMENTO 2004-07










Mulher - Em euros

+82,22

+80,98

+114,08

+69,64

+47,51

+61,52

+39,01

+50,89


Homem – Em euros

+247,88

+139,88

+140,62

+80,65

+64,80

+68,01

+47,99

+65,46


2007-2004 - Dife-

+165,66

+58,90

+26,54

+11,01

+17,29

+6,49

+8,98

+14,57


renças (H-M) -Euros


FONTE: GEP do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social - Quadros de Pessoal


Em 2004, o ganho médio das mulheres era inferior ao do homens, em -26,9% a nível de “quadros superiores”; em 17,6% a nível de “quadros médios”; em -16,1% a nível de “profissionais altamente qualificados”; em -14,8% a nível de “profissionais qualificados”; em -20,8% a nível de “profissionais qualificados”; em -15,3% a nível de “profissionais não qualificados”; e em apenas -6,8% a nível de “praticantes e aprendizes. Portanto, a desigualdade de ganho era tanto menor quanto mais baixa fosse a qualificação.

Em 2007, a situação até se tinha agravado. Efectivamente, o ganho médio das mulheres era já inferior ao do homens, em -30,5% a nível de “quadros superiores”; em 19,5% a nível de “quadros médios”; em -16,0% a nível de profissionais altamente qualificados; em -15,7% a nível de “profissionais qualificados”; em -19,8% a nível de “profissionais não qualificados”; e em -8,3% a nível de “praticantes e aprendizes”. Portanto, a desigualdade de ganhos entre Homens e Mulheres é tanto maior quanto mais elevada é a qualificado, tendo até aumentado entre 2004 e 2007 relativamente a várias qualificações. A provar isso, está o facto que, entre 2004 e 2007, o aumento do ganho médio dos homens foi superior ao aumento do ganho das mulheres em +165,66 euros a nível dos “quadros superiores”; em +58,90 euros a nível de “quadros médios”, em +11,01 euros a nível de “profissionais altamente qualificados”; em +17,29 euros a nível de “profissionais qualificados”; em 6,49 euros a nível de “profissionais qualificados”; em +8,98 euros a nível de “profissionais não qualificados”; e em +14,7 euros a nível de “praticantes e aprendizes”. Portanto, a diferença de aumentos de ganhos entre Homens e Mulheres , entre 2004 e 2007, foi tanto maior quanto mais elevada é a qualificação.

A DESIGUALDADE DE GANHOS ENTRE HOMENS E MULHERES CONTINUA A SER TANTO MAIOR QUANTO MAIS ELEVADO É O NÍVEL DE QUALIFICAÇÃO E DE ESCOLARIDADE

Desigualdade de ganhos entre homens e mulheres também se verifica com base na escolaridade. O quadro seguinte, construído com dados do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social dos quadros de pessoal, revelam isso.

QUADRO IV – Ganho médio por nível de qualificação, e dentro destes por género – Em euros - 2007

Trabalhadores (as) por niveis de habilitação

QUADROS SUEPERIORES

QUADROS MÉDIOS

Profissionais não Qualificados

Praticantes e aprendizes

GANHO MÉDIO MENSAL

Euros

% Ganho da Mulher em relação Homem

GANHO MÉDIO MENSAL

Euros

% Ganho da Mulher em relação Homem

GANHO MÉDIO MENSAL

Euros

% Ganho da Mulher em relação Homem

GANHO MÉDIO MENSAL Euros

% Ganho da Mulher em relação Homem

Homem

Mulher

Homem

Mulher

Homem

Mulher

H

M

1º Ciclo Ensino Básico

1.270

972

76,6%

1.221

874

71,6%

593

514

86,7%

540

477

88,3%

2º Ciclo Ensino Básico

1.259

987

78,4%

1.266

998

78,8%

610

511

83,7%

537

479

89,2%

3º Ciclo Ensino Básico

1.831

1.278

69,8%

1.595

1.257

78,8%

637

529

83,1%

552

500

90,4%

Ensino Secundário

2.515

1.555

61,8%

1.919

1.386

72,2%

678

548

80,8%

609

554

90,9%

Bacharelato

3.018

1.934

64,1%

2.004

1.528

76,2%

663

575

86,7%

788

697

88,5%

Licenciatura

3.115

2.047

65,7%

2.070

1.580

76,3%

696

600

86,2%

857

741

86,5%

FONTE: GEP do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social - Quadros de Pessoal

De acordo com os dados dos quadros de pessoal, em 2007, o ganho médio das mulheres com o 1º ciclo básico correspondia: a 76,6% do ganho dos homens a nível de “quadros superiores”; a 71,6% a nível de “quadros médios”; a 86,7% a nível de “profissionais não qualificados”; e a 88,3% a nível de “praticantes e aprendizes. E relativamente aos licenciados a diferença de ganhos entre Homens e Mulheres é ainda maior, pois o ganho médio das mulheres correspondia apenas a 65,7% do ganho médio dos homens a nível de “quadros superiores”; a 76,3% a nível de “quadros médios”; a 86,2% a nível de “profissionais não qualificados” ; e a 86,5% a nível de “aprendizes e praticantes. Portanto, em 2007, quanto mais baixa era a qualificação e o nível de escolaridade menor era a desigualdade de ganhos entre Homens e Mulheres; e, inversamente, quanto mais elevada era a qualificação e escolaridade das mulheres maior era a desigualdade de ganhos entre homens e mulheres. Portanto, a discriminação com base no género continua a ser clara neste campo.

A DESIGUALDADE DE GÉNERO PERPETUA-SE NA REFORMA

A desigualdade de género não se verifica-se apenas durante a vida activa das trabalhadoras, ela perpetua-se na reforma como revelam os dados do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social de 2009 constante do quadro seguinte.

QUADRO V – Pensão media de invalidez e de velhice da Segurança Social – Março de 2009

DESIGNAÇÃO

Nº Pensionistas

PENSÃO MÉDIA - Euros

% PENSÃO DA MULHER REPRESENTA

Homem

Mulher

Homem

Mulher

DA PENSÃO DO HOMEM

INVALIDEZ

151.241

150.725

367,93

283,54

77,1%

VELHICE

855.263

974.769

490,93

292,12

59,5%

FONTE: Ministério do Trabalho e Solidariedade Social

De acordo com o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, em Março de 2009, a pensão de invalidez da mulher era apenas de 283,54 euros o que correspondia a 77,1% da do homem que era de 367,93 €; e a pensão média de velhice (inclui o Regime Geral, o Regime Regulamentar Rural, o Regime Rural Transitório e a Pensão Social) da mulher era, também em Março de 2009, apenas de 292,12 euros, o que correspondia a 59,5% da pensão media de velhice recebida pelos homens que era de 490,93€.. Portanto, as pensões dos homens, em Março de 2009, eram baixas, mas as recebidas pelas mulheres eram ainda muito mais baixas, o que mostra que a discriminação com base no género não se limita apenas à vida activa, mas prolonga-se também durante a reforma.

Eugénio Rosa

Economista

edr@mail.telepac.pt

20.5.2009

NOTA: Encontram-se disponíveis mais estudos sobre a desigualdade de género em Portugal no “site” www.eugeniorosa.com na pasta “Situação da mulher”

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