segunda-feira, maio 15, 2006

Gravuras Rupestres

Este rochedo apresenta gravuras de duas épocas destintas. Uma mais antiga, neolítico, em que as gravuras são efectuadas pocando a pedra com outra pedra afiada, e outra mais recente, em que foram riscadas cruzes sobre as gravuras antigas. Um dos mais espectaculares rochedos de que tenho conhecimento e onde surge o que eu penso ser as primeiras representações homanas de que mostro à frente um pormenor.



Desde já parabéns ao Luciano pelo entusiasmo e pela descoberta de várias gravuras.
Junto imágens de vários rochedos gravados (detesto o nome "Painel", que é um termo que vem da pintura para designar pintura sobre o suporte madeira - ex. Painéis de S. Vicente - e sou adepto do nome petroglifos que quer dizer simplesmente gravuras sobre pedra). Não são todas do "limite" de Casegas, Mas são da mesma época - Neolítico e nisto são uma novidade, já que tradicionalmente as gravuras do neolítico surgem em vales junto a cursos de àgua - obedecem todas ao mesmo tipo de expressão estilística - Representação esquemática e não realista de símbolos e coisas o que torna difícil decifrar o que representam.
A sua localização, é dispersa no cimo dos montes e concentrada nas tradicionais portelas entre dois vales, onde a ocorrencia de rochedos com as características para serem gravados exista.

12 comentários:

Anónimo disse...

Caro Atumnespereira: Tenho alguma dificuldade em pronunciar o teu pseudónimo, mas está bem, cada um escolhe o nome que quer. Olha, estou admiradíssimo!... Eu que até pensava que conhecia bem a Nossa Terra e os arredores, afinal ainda tenho muito para descobrir e aprender.É pá o que eu gostava de saber era mesmo o sítio onde podemos ver ao vivo tão rico patrimóneo.É no perímetro de Casegas? Afinal em que "pssarra" ou "pssaras" poderei encontrar tão precisosos vestígios? As gravuras são mesmo do neolitico? Olha eu sei muito pouco de arte rupestre. Achas que são mesmo do período da Idade da Pedra Nova ( polida)? A mim parecem-me muito mais antigas, talvez da Idade da Pedra Lascada, aí pelo paleólitoco médio ou superior? Tonho

atumnespereira disse...

Em termos estilísticos são do neolítico (só com estudos de datação se poderá dizer a data certa). O tipo de signos usado também fáz parte da "gramática" do neolítico. No paleolítico de que falas os diversoa estilos têm sempre representações realistas de animais (ex. as gravuras de Foz Côa, ou mais próximo de nós as da Barroca do zêzere). Em termos de técnica estas são feitas por picotágem, as da barroca do zêzere também mas a maior parte das de Foz côa foram feitas riscando a superfície com pontas de silex. Contudo a grande novidade destas gravuras é a sua localízação - o cimo dos montes por oposição à localização tradicional que é nos vales

atumnespereira disse...

Desde já pesso aos meus colegas de blog para me dizerem qual o tamanho máximo que as imágens podem ter em pixels para se poder jogar com a qualidade

Anónimo disse...

Oh Atumnespereira, onde e que tiraste essas fotos? Foi no alto do Vale da P'sarra?

atumnespereira disse...

Tanto as gravuras mais antigas como as mais recentes foram feitas quase com toda a certeza por "pastores de cabras", mas com diferença de vários mil anos entre ums e outros, como no rochedo com cruzes sobre os signos do neolítico. Para quem perguntou se eram no cimo do vale das piçarras, o rochedo com cruzes sim. Os outros, ficam noutros locais. Sobre se com o tempo estas gravuras não teriam desaparecido a minha opinião é que houve muitas mais mas pela forma como se desagrega o xisto (vai lascando) todas as gravuras que foram feitas sobre a face da pedra desapareceram logo que esta lascou, todas as que foram feitas sobre os lizos como dizem os velhotes,aguentaram a passagem do tempo. Algumas gravuras sobre os lizos estão incompletas pois a pedra foi-se desfazendo (ex. O xisto é como um livro que é formado de folhas se tú fizeres um desenho na lombada e fores arrancando folha a folha o desenho vai desaparecendo lentamente mas o que fica está reconhecível podes é já não ter o desenho suficiente para perceberes a forma geral).

Anónimo disse...

"wx@zxretprutuytut", se akela cena inda ñ foi descoberto, ou foi agora descoberto, porque carga de água é que havia de tar protegido?
Nã inventes!

atumnespereira disse...

Ainda bem que alguém falou de pinturas, locais protegidos etc. Nós não sabemos hoje se as gravuras eram pintadas ou não. Mas era provável que fossem pintadas com cores feitas com pigmentos naturais (terras de cor, carvão, sangue etc). Essas cores desapareceram nos sítios ao ar livre e mantiveram-se (milagrosamente)em grutas e sítios afins. A mensagem principal destas imagens ou destes vestígios é que a paisagem que temos é fruto de um tipo de uso do território (pastorícia nos cumes agricultura nos vales)que já tem uns milénios. Durou até este seculo quando o estado quíz fazer desta parte do país a produtora de produtos florestais (a pinheirização do salazar e a eucaliptização da democracia) de que resultou o flagelo dos fogos de verão e o abandono do território com as consequencias para a paisagem que estão à nossa vista. Nisto, os fogos com tudo de catastrófico que têm têm a virtude de permitir que a vegetação natural daquelas paisagens surja de novo. As fotos de plantas que estão no blog foram feitas num local ardido à dois anos. Haja esperança.

Asno disse...

Ah caraças! Temos contributor!
È o que eu digo, aínda vou substituir o Scolari!!hehe!

atumnespereira disse...

Já agora que vejo que o interesse sobre as gravuras é grande vou dar algumas dicas:
Para tentar descobrir ou ir ver as gravuras rupestres, é fundamental ir cedo, antes de o sol estar muito alto, ou então ir tarde, na hora mágica antes do por do sol. Tentar ir ver gravuras ao meio dia pode ser frustrante. Como as incisões são muito ténues o que se vê acaba por ser mais o efeito da sombra da luz razante. Esse efeito faz ressaltar a incisão proporcionando contraste. Uma das gravuras que eu mostro nas imagens só no terceiro passeio que fiz é que as ví e isso porque era hora do por do sol e esse efeito era máximo. Fui lá de propósito para as fotografar a outras horas e o resultado foi decepcionante. Se eu não soubesse que elas lá estavam pura e simplesmente diria que aquele rochedo estava "limpo".

atumnespereira disse...

À moça do sobral, que não conheço pessoalmente, também dou os parabéns claro. Umas das mais bonitas, para mim, que eu publiquei até fica na zona do Sobral e gostaria de saber se ela sabe da sua existência. Mas o Luciano merece vários parabéns, não só por dedicar parte do seu tempo livre a tentar descobri-las mas também a divulgá-las, dando-as a conhecer às autoridades. Algumas das gravuras que estão no site do IPA (instituto Português de Arqueologia) foram dadas a conhecer pelo Luciano. Ao Luciano e à moça do Sobral temos de juntar-nos todos para dar a conhecer este património e mais ainda por ele ser inédito dentro do que é normal no período Neolítico.

Anónimo disse...

ò atum, é a moça que é das mais bonitas pa ti ou são as gravuras?

famel disse...

boas noites! entao é assim, eu ja conhecia a lage das cruzes, as lage com os antropoformos foi-m dada a conhecer p/ 1 pessoa d casegas a kem agradeço dd já!
pois é posso dizr-vos k td o k o atumnespereira diz é correcto, e tal c ele so dps d varias visitas consegui ver as gravuras! estou a trabalhar no parque eolico e ja tinha visto akelas rochas umas 2 vezs, m nd lol agr ja tenho o material pronto p o decalque, prometo enviar o resultado!