Compara-se frequentemente Sócrates com Salazar. Isto acontece na imprensa, em inúmeras conversas privadas, nos meios académicos em geral, em conversas em júris de doutoramento, em anedotas ao almoço entre colegas da universidade onde Sócrates é ridicularizado pela história do curso de engenharia, e no Técnico, o nível do anedotário é superiormente desenvolvido e onde até se aconselham os alunos a estudar a sério que "isto aqui, não é a Independente e os senhores alunos não são políticos para poderem tirar o curso por FAX".
Salazar tinha um curso superior e um doutoramento, tinha provado na vida profissional uma enorme competência e respeito. Lia muito e era muito culto, gostava de música, é célebre o episódio da Guilhermina Suggia e o seu Cachet. Como ministro das finanças foi brilhante e adquiriu ainda maior prestígio com isso. Como ditador foi sério, não um ditadorzeco da treta, fez uma polícia política à séria, decidiu lutar nas colónias contra os movimentos de libertação, foi coerente até ao fim, algo que também foi motivo de respeito em Cunhal. Salazar teve defeitos imensos, objectivamente, e face à ética democrática de hoje, foi um criminoso. Mas é preciso ter cuidado com as generalizações e o anacronismo: na sua ética e à luz da sua perspectiva, e do tempo em que começou a governar, fazia aquilo que genuinamente acreditava ser o bem do país.
Sócrates é um pequeno fruto de anos de salazarismo. Salazarismo que produziu um português médio impreparado, quase analfabeto, muito inculto, com formação académica débil. O autoritarismo de Sócrates é apenas fruto da insegurança e, ao contrário de Salazar, desajustado da ética democrática que hoje vigora, a forma como distribui os tachos pelos amigos, os seus discursos lineares, sem referentes ideológicos ou culturais, a sua oralidade pobre, são apenas reflexos dessa impreparação.
Temos como primeiro-ministro um homem complexado, incapaz de encaixar críticas, sem cultura democrática. A determinação é boa, o facto de ter Mariano Gago no governo não é mau de todo, mas ter Maria de Lurdes Rodrigues e Mário Lino é péssimo, Sócrates, impreparado mas determinado apoia todos por igual, os que sabem realizar alguma coisa e os que têm sido péssimos. Entretanto tem umas figuras decorativas na cultura e um orçamento miserável para este ministério, que deveria ser um dos pilares de desenvolvimento do país.
Mas se Sócrates chegou a primeiro-ministro sem precisar de cultura, porque raio precisarão os portugueses de cultura? Analfabetos é que é bom, aqui e tal como no tempo de Salazar.
Apesar das diferenças é claramente melhor o ditador de Santa Comba Dão!
Salazar tinha um curso superior e um doutoramento, tinha provado na vida profissional uma enorme competência e respeito. Lia muito e era muito culto, gostava de música, é célebre o episódio da Guilhermina Suggia e o seu Cachet. Como ministro das finanças foi brilhante e adquiriu ainda maior prestígio com isso. Como ditador foi sério, não um ditadorzeco da treta, fez uma polícia política à séria, decidiu lutar nas colónias contra os movimentos de libertação, foi coerente até ao fim, algo que também foi motivo de respeito em Cunhal. Salazar teve defeitos imensos, objectivamente, e face à ética democrática de hoje, foi um criminoso. Mas é preciso ter cuidado com as generalizações e o anacronismo: na sua ética e à luz da sua perspectiva, e do tempo em que começou a governar, fazia aquilo que genuinamente acreditava ser o bem do país.
Sócrates é um pequeno fruto de anos de salazarismo. Salazarismo que produziu um português médio impreparado, quase analfabeto, muito inculto, com formação académica débil. O autoritarismo de Sócrates é apenas fruto da insegurança e, ao contrário de Salazar, desajustado da ética democrática que hoje vigora, a forma como distribui os tachos pelos amigos, os seus discursos lineares, sem referentes ideológicos ou culturais, a sua oralidade pobre, são apenas reflexos dessa impreparação.
Temos como primeiro-ministro um homem complexado, incapaz de encaixar críticas, sem cultura democrática. A determinação é boa, o facto de ter Mariano Gago no governo não é mau de todo, mas ter Maria de Lurdes Rodrigues e Mário Lino é péssimo, Sócrates, impreparado mas determinado apoia todos por igual, os que sabem realizar alguma coisa e os que têm sido péssimos. Entretanto tem umas figuras decorativas na cultura e um orçamento miserável para este ministério, que deveria ser um dos pilares de desenvolvimento do país.
Mas se Sócrates chegou a primeiro-ministro sem precisar de cultura, porque raio precisarão os portugueses de cultura? Analfabetos é que é bom, aqui e tal como no tempo de Salazar.
Apesar das diferenças é claramente melhor o ditador de Santa Comba Dão!
2 comentários:
Plenamente de acordo.
Assuntos destes valem a pena.
Bem haja.
A ditadura sempre existiu, pois o processo de revolução não foi concluido. Anda é disfarçada, porque se modernizou...à custa dos meninos da direita e de muitos que andam infiltrados na esquerda...sim sim, no PS, não se iludam!
Como prova evidente disso, estão à vista as politicas de educação e de saúde levadas a cabo por este governo.
Isto merecia era que nos naturalizássemos espanhóis, invadíssemos Portugal e corrêssemos com esta escumalha de vigaros para a sibéria!
Porra, 33 anos após a meia revolução, a carregarmos este frete? Rua com eles!
A lamentar é o facto de aos profissionais da saúde, educação e função publica em geral, ou seja o grande eleitorado do PS, na altura das eleições lhes dê sempre uma bruta duma amnésia inacreditável...
Não queria ser mauzinho, mas para alguns tenho a dizer:
Bem feito! Abre os olhos muuuula!
Cumprimentos asinino a todos
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