sábado, março 25, 2006

Carta do primo de Casegas

“Caros primos,


Então não viram o que me aconteceu...! Que raio de autarcas temos nós?Ìa aqui eu mais o meu almocreve, que ficou ali debaixo da carroça, a levar uma carrada de feno para a reserva de burros a Casegas, e não é que passei com uma roda numa das crateras eternas desta "estrada" agrícola (só de nome), que se me virou logo a carroça!Mas será que toda a gente cá passa e ninguém reclama o estado desta estrada? Andam mesmo tapados! Olhem, eu, por causa dessas e outras, deixei de usar as palas, tentem, a sério, vão ver que resulta. Comecem por tirar só uma até se adaptarem, como fazem alguns, que vêem a “estrada” para mandar parar as pessoas para soprarem para um tubinho, mas depois já não vêm tão bem, quando cá passam os veículos pesados, a abrir estas crateras, sabem quem lá passa, mas não vêem…Lá está…! É a outra pala!! Mas pronto, é um começo. Vão por mim que eu sou burro velho!


Outros há ainda que só vêem esta “estrada” em vésperas de eleições e por essa altura andam por aqui a espalhar uns montitos de cascalho com uma borradela de preto. Mas quem cá vem também não tem culpa, mas sim quem os manda que por sua vez não enxergam com palas ou sem elas. Olhem se fosse eu que mandasse empalhava-os, empalava-os e punha-os de espantalhos e já estava! Mas que ricos espantalhos davam! E cabeçudos que eles são…!

Abraço à família,


Repórter Estrábico Sem Palas

Obrigado primo, um abraço para a récua de Casegas!

4 comentários:

Anónimo disse...

Brigadinhos primo Asno, plo jeitito...

Anónimo disse...

e os britos e brutos...?E o pnório?

Anónimo disse...

Realmente a questão comentada é uma das que me causa maior tristeza.
se existem elementos de riqueza, na nossa aldeia, não tenho a menor dúvida que a natureza é um deles.
Não se pode continuar a explorar esse factor, de forma arbitrária e completamente irracional,(já para não dizer tosca), benefíciando minorias, que por terem riqueza económica se reservam ao direito
de invadir essa reserva natural como lhes dá na real gana.
Temos que abandonar a "políca do betão" !!! que é completamente desfasada para sítios como este, e só então podere-mos ter uma identidade própria e coerente.
Indigna-me o facto de as multas aplicadas para estes casos, sejam o que se pode chamar " do mal ao menos ", pois, não passam de esmolas comparando com os autobenefícios que os prevaricadores usufruem.
O FERNAMBUQUE não está a venda, nem poderá ser comprado com nenhum dinheiro do mundo, é um património natural de todos que temos o dever cívico de preservar e fazer preservar !!!

Unknown disse...

Senhor Zé Tó...

Também precisavamos cá de um ecoponto mas isso parece uma miragem na realidade caseguense.... e, infelizmente as mentes ecológicas têm que andar a carregar com o papel, plástico e metal para as terras vizinhas....

Quanto à ribeira também acho que é necessário, se não mesmo urgente, uma gestão melhor planeada e cuidada. Fazer é bom mas muitas vezes é também prejudicial!! Mais vale pouco e bom do que muito e mau!!

Mas a verdade é que no galinheiro apenas um galo manda e ele é o dono!!! Isto é, em terrenos privados cada um pode fazer o que bem lhe aprouver... Mas também é verdade que o domínio público é sagrado e é indispensável respeitá-lo, pelo que em determinadas situações a individualidade não deve sobrepôr-se jamais ao colectivo.