domingo, setembro 28, 2008

Discriminação de mulheres no jardim à beira mar plantado. Um país de corruptos, que se diz desenvolvido: Portugal


A descriminação salarial a que continuam sujeitas as mulheres em Portugal,pelo facto de serem mulheres, é uma fonte acrescida da exploração e de sobre
lucros para as entidades patronais. Neste estudo, utilizando apenas dados oficiais dos quadros de pessoal das empresas divulgados pelo próprio governo
(Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social) estimo que os lucros das entidades patronais resultantes só da discriminação a que contiuam a
sujeitar as trabalhadoras, pelo facto de serem mulheres, deverão atingir em 2008 cerca de 6.068 milhões de euros.

Chamo a atenção para o caso paradigmático do sector corticeiro, onde domina o grupo Amorim do homem mais rico de Portugal (fortuna de 3.106 milhões de
euros), onde 5.000 mulheres, pelo facto de serem mulheres, são enquadradas no grupo XVI da tabela salarial e ganham apenas 544,5 euros e os homens a
fazerem o mesmo são enquandrados no grupo XIV e ganham 642,16 euros. Repito, e isto apesar de fazerem o mesmo (elas são laminadoras, e eles
laminadores).

Esta diferença no salário das mulheres de menos 97,66 euros/mês dá aos patrões do sector corticeiro um lucro extra de 6,8 milhões de euros ao ano
resultante da discriminação a que continuam a sujeitar as mulheres.

Face à denuncia e à pressão dos sindicatos os patrões do sector corticeiro reconheceram a discriminação que praticam mas exigem uma prazo
de 8 anos para a eliminar pois só aceitam que o salário das mulheres seja aumentado 12,5 euros/ano para igualizar os salários das mulheres e dos
homens.

E isto apesar da situação existente e da proposta dos patrões violar o artº 28 do Código do Trabalho e o artº 59 da Cosntituição da República.

Apesar desta situação ser conhecida pelo governo, pois a proposta foi entregue no Ministério do Trabalho, este nada faz para acabar imediatamente
como essa discriminação flagrante como exige a lei e a Constituição da República.

Espero que este este estudo possa ser útil.

Eugénio Rosa - Economista

Ver estudo aqui

1 comentário:

vera disse...

Esse realmente é um caso gritante, mas como esse, infelizemente, neste país existêm muitas situações idênticas de descriminação para com as mulheres, a efectuarem os mesmos trabalhos (lado a lado) e no fim do mês o salário é diferente, após o 25 Abril, criticava-se no Alentejo, que as jornas dos homens eram mais altas que as das mulheres, afim já passaram tantos anos, e tudo, ao que parece continua na mesma...