terça-feira, setembro 30, 2008

Os pobres e os Povos desarmados à condução da História, já!

2008 SETEMBRO 30

O Grande Capital sempre foi louco, intrinsecamente demente-demente, perverso, mentiroso e assassino. A Ordem Económico-Financeira Mundial por ele gerada só poderia acabar por ser uma (Des)Ordem Mundial à sua imagem e semelhança. Deveríamos saber isso, desde sempre. Por mim, não me tenho cansado de o lembrar. Sem grande sucesso. Ou mesmo sem nenhum sucesso. Porque, infelizmente, os que continuam aí a conduzir a História ainda não são os pobres e os povos desarmados como eu, mas os grandes ricos e os poderosos como Bush e como o papa de Roma. Juntamente com todos os seus assessores, qual deles o mais demente-demente. Por sinal, todos muito mais loucos, dementes-dementes, perversos e assassinos que o Grande Capital. Porque foram os grandes ricos e poderosos do mundo que pariram o Grande Capital. E ele, uma vez independente deles e dos povos do mundo, está hoje aí, finalmente, a fazer de todos nós, gato-sapato. Entre nós próprios, os seres humanos, e o Grande Capital , sempre temos corrido, na peugada dos grandes ricos e dos poderosos, a escolher o Grande Capital, em vez de nos escolhermos a nós próprios e ao Planeta. Deveríamos travá-los, aos grandes ricos e aos poderosos do mundo, e travar o Grande Capital, ter mão neles e nele. Infelizmente, corremos mais eles e, na nossa demência-demência, até os constituímos nossos guias, nossos chefes, nossos reis, os Executivos das nossas nações. Semelhante demência-demência humana só podia dar no que deu. E hoje, o Século XXI que poderia e deveria ser o século da plenitude do Humano, está a ser o da plenitude da demência-demência humana. Estamos todos - pessoas, povos e planeta - sob o jugo do Império do Grande Capital. Até hoje, não descansamos enquanto não criamos e alimentamos um Ídolo maior do que nós, o Grande Deus Dinheiro, em lugar de trabalharmos dia e noite para levarmos a nossa própria criação, como seres humanos, ao seu termo. Agora, o Ídolo ou Grande Deus Dinheiro que criámos tornou-se um Monstro, uma Besta indomável, e passou a mandar em nós. É a Descriação humana no seu pior. Estamos, por isso, de regresso ao Caos. Não, obviamente, ao Caos inicial, que esse ainda foi o do Começo da vida. Ao princípio, era o Caos, diz o texto bíblico, no seu primeiro livro, o do Génesis. O de hoje, obra da nossa demência-demência, é o Caos da Sucata, do Ferro-velho, da Desagregação, da Descriação, da Morte global. Jesus, o de Nazaré, o Humano por antonomásia, o Alfa e Ómega do Humano, bem advertiu os seus irmãos humanos, as mulheres e os homens do planeta, sobre o desviado rumo que estávamos a imprimir à História e que, se prosseguíssemos por ele, acabaríamos todos no Abismo. Disse-o com a solenidade dos grandes Momentos. Assim: "Atenção! Ninguém pode servir a dois Senhores com objectivos opostos entre si. Não podeis servir a Deus e ao Dinheiro". Riram-se dele, na altura, os saduceus, que já então gostavam muito de Dinheiro. Ainda hoje, se riem. E com os saduceus, riram-se também os sumos-sacerdotes do Templo de Jerusalém, o rei Herodes e, sobretudo, o imperador de Roma. Ainda hoje se riem. Trataram-no todos à uma como o louco dos loucos. Ainda hoje, tratam. E, quando ele se atreveu a dar um passo mais e lhes disse, olhos nos olhos, que os loucos eram eles, por isso, cegos e guias cegos, eles não suportaram tanta Verdade desarmada e correram a matá-lo na Cruz do seu Império, para que nunca mais ninguém se atrevesse a repetir semelhante Verdade, aos ouvidos deles, pura blasfémia. Ainda hoje fazem o mesmo. Mas eis que, vinte séculos depois, os factos estão aí bem à vista. Só que os cegos e guias cegos do planeta continuam a não querer ver. E, perante o Caos global da Sucata e da Morte a que conduziu a sua demência-demência humana, insistem demencialmente nela. Em vez de decapitarem o Grande Capital, correm, na demência das demências, a fornecer-lhe milhares e milhares de milhões de dólares e de euros. São tão cegos, que ainda não viram que o Grande Capital o que pretende não é apenas nem sobretudo mais capital. Também o quer, é verdade, e cada vez mais concentrado, cada vez mais acumulado em poucas mãos. Mas o que o Grande Capital mais quer são as pessoas e os povos, são os seres humanos. Até reduzir tudo a Sucata, a Morte. O Grande Capital odeia a vida humana, os afectos, a ternura, o carinho, a paz, o prazer, o beijo, o abraço, a mesa-partilhada, o ar puro, a beleza, a poesia, a cultura, a arte, a graça e a verdade, numa palavra, a Política feita de Práticas maiêuticas ou libertadoras. Jesus, o de Nazaré, a Luz do Mundo, percebeu como ninguém que o Grande Capital é o inimigo número um dos Seres Humanos e dos Povos. Os Seres Humanos e os Povos ainda não perceberam. Nem querem perceber. E, por isso, estes nossos dias são de demência-demência humana. E poderão levar à Demência Global. Se assim for, acabaremos todos numa guerra global, cósmica como nunca houve desde o início, com bomba atómica e nuclear e tudo. Ou mudamos de rumo e de líderes, ou corremos a alta velocidade para o Caos da Sucata, da Morte. Ou decapitamos já o Grande Capital e temos mão nos seus Executivos mundiais dementes-dementes, ou acabamos juntamente com eles no Grande Abismo. O século XXI - volto a dizê-lo aqui com a solenidade dos grandes Momentos - será jesuânico, ou não será. A escolha é nossa. Cada dia que passa sem escolhermos e escolhermos bem, torna-se muito mais difícil evitar o Caos da Sucata, da Morte. Apressemo-nos a escolher bem e a decidir bem. Distrairmo-nos nestes dias com os futebóis dos Milhões e com o vomitado discurso do sucesso do nosso pinóquio primeiro-ministro, chega a ser obsceno. Decapitemos o Grande Capital. Mudemos de rumo. Cooperemos activamente com Deus-Vivo-e-Criador, mais íntimo a nós do que nós próprios, para levarmos à plenitude a Criação dos seres humanos que o Grande Capital tem sistematicamente impedido. Os pobres e os Povos desarmados à condução da História, já! É Hora!

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