quinta-feira, maio 22, 2008

O PinókiKalimero

O Calimero

Ontem o Engenheiro considerou que esta crise mundial como uma injustiça para este governo que tanto fez para equilibrar as contas publicas e que agora vê tudo a desmoronar-se à sua volta. É uma injustiça para nós portugueses, não para o governo do Engenheiro que está a ser vitima exactamente das políticas que defende. Quem defende o liberalismo, quem defende o capitalismo global, quem defende que devem ser os mercados a auto regularem-se, quem defende a retirada do estado de todo o lado? Eu não certamente, e aqui já o referi diversas vezes, pelo que afirmo que a culpa é dele, do Engenheiro, dos Portas, dos Santanas, dos Cavacos, de todos os que deram mão livre aos senhores do grande capital e agora se admiram que eles abusem. Estavam à espera de quê?

kaos

1 comentário:

Anónimo disse...

O Engenheiro veio dizer-nos que a crise que está aí, com os aumentos de bens essenciais a disparar e a economia a afundar, não passa de uma “borrasca” que não o fará mudar de caminho. Saber quem ainda a semana passada afirmava que o sol não ia deixar de brilhar neste jardim e até reduziu o IVA, quando as nuvens negras já se viam no horizonte, não me deixa muito descansado quanto à sua percepção da realidade. O que para si é uma mera borrasca, a grande maioria já a sente como uma tempestade que veio para ficar. Não sei quais os conhecimentos do Engenheiro em engenharia, mas de meteorologia financeira não são certamente muito brilhantes.
Esta borrasca do Engenheiro fez-me lembrar de como é agradável estar deitado quentinho na cama a ouvir a chuva a cair lá fora. Tão agradável isso, como doloroso se torna quando nos lembramos e tomamos consciência de que há gente a viver debaixo daquela chuva. Claro que pedir ao Engenheiro que tenha essa consciência também seria demais, ele tem tanta coisa em que pensar. Mas, sem me acusar de estar a fazer aproveitamento político ou populismo, que já sabemos, rejeita, deve concordar que é diferente aguentar a borrasca à frente de uma lareira, a beber uma bom vinho e a fumar um bom cigarro, que debaixo de uma varanda embrulhado em trapos velhos e jornais.