A Câmara da Covilhã vai divulgar o nome dos encarregados de educação que devem à autarquia o pagamento das refeições do ensino pré-escolar e do 1º ciclo do ensino básico. A lista vai ser publicada "no início do próximo ano, no boletim quinzenal da autarquia", distribuído com um dos semanários regionais vendidos na cidade, refere a autarquia em comunicado.
Segundo a Câmara, trata-se de uma medida "já aplicada na Administração Central", numa alusão à lista divulgada com devedores ao fisco, e que "visa por fim a situações abusivas por parte de alguns encarregados de educação". "De forma consecutiva usufruem deste serviço, sem procederem ao pagamento do mesmo apesar dos sucessivos avisos", queixa-se a autarquia, que refere ainda que alguns incumprimentos arrastam-se há cinco anos.
Segundo a Câmara, trata-se de uma medida "já aplicada na Administração Central", numa alusão à lista divulgada com devedores ao fisco, e que "visa por fim a situações abusivas por parte de alguns encarregados de educação". "De forma consecutiva usufruem deste serviço, sem procederem ao pagamento do mesmo apesar dos sucessivos avisos", queixa-se a autarquia, que refere ainda que alguns incumprimentos arrastam-se há cinco anos.
"São situações injustas para os outros encarregados de educação cumpridores e pagadores deste benefício", acrescentando ainda que "apesar desta situação a Câmara nunca negou uma refeição aos alunos".
O socialista Vítor Pereira, vereador da oposição na Câmara da Covilhã, considera que "seria desejável evitar publicar o nome das pessoas". No entanto, admite a sua necessidade. "Trata-se de uma imposição legal para se poder fazer depois a execução da divida", refere. "Trata-se de uma lista muito grande", acrescenta o vereador, sem detalhar o número total de devedores ou o valor global da dívida. Apesar das tentativas, não foi possível ontem falar com Carlos Pinto, presidente da Câmara da Covilhã.
O socialista Vítor Pereira, vereador da oposição na Câmara da Covilhã, considera que "seria desejável evitar publicar o nome das pessoas". No entanto, admite a sua necessidade. "Trata-se de uma imposição legal para se poder fazer depois a execução da divida", refere. "Trata-se de uma lista muito grande", acrescenta o vereador, sem detalhar o número total de devedores ou o valor global da dívida. Apesar das tentativas, não foi possível ontem falar com Carlos Pinto, presidente da Câmara da Covilhã.
Diário XXI
4 comentários:
Eu comungo da opinião do egas n o post anterior:
"Egas disse...
Noticia hoje o Primeiro Jornal da SIC que a Câmara Municipal da Covilhã pretende divulgar a lista de pais devedores das refeições escolares.
A Covilhã tem destas ironias: para pagar transportes e alimentação de crianças em idade pré-escolar e escolar não há dinheiro, mas para pagar casamentos e transportes e mega-jantares de Natal a idosos já não se olha a despesas.
Qual a diferença? As crianças não votam! Triste é continuar a existir muito boa gente iludida com as promessas de Carlos Pinto no Concelho da Covilhã.
Mais uma vez a CMC destaca-se de todas as suas congéneres do interior: em vez de apoiar a natalidade e o rejuvenescimento da população apoia-se a desertificação e o envelhecimento. Parabéns Carlos Pinto! És um inovador!"
Totalmente de acordo com este comemtario.Quando vivi ai tinha uma filha na pré escolar e pagava de almoço 3,75€, sendo uma vergonha o valor, numa reuniao com a vereadora da educação a mesma teve uma atitude arrogante e possessiva dizendo que quem estava mal que se mudasse.Na pré escolar de Benfica-Lisboa paga-se 1.20€ de almoço.Afinal onde se devia pagar menos é onde se tira lucro com os almoços das crianças para pagar almoços dos idosos e casamentos.Uma vergonha os nossos dirigentes politicos
Considero ser necessário alguns esclarecimentos da minha parte, pois dúvidas podem ter surgido com o meu comentário anterior.
Não era minha intenção defender os pais devedores. Muito pelo contrário, esses pais devem cumprir as suas responsabilidades, até porque o valor da refeição escolar é calculado tendo em conta a declaração de IRS do agregado familiar.
Aquilo que pretendi com o meu anterior comentário ultrapassa em larga escala este problema. Para mim a questão prende-se com algumas das políticas de fundo da Câmara Municipal da Covilhã, nomeadamente no que respeita ao apoio aos jovens, crianças e promoção da natalidade.
O que faz a CMC para apoiar a natalidade? O que faz a CMC no apoio a crianças durante os seus primeiros anos ou até mesmo em idade escolar. E os adolescentes/jovens, já nem falo nesses!
Além dos exemplos que já dei no meu comentário anterior, gostaria de deixar aqui mais um:
- Durante 3 anos frequentei o ensino secundário numa escola secundária pública da Covilhã, pelo que me via forçado a deslocar-me em transportes públicos. Acontece que a CMC apenas comparticipava parcialmente as despesas dessas deslocações (tanto a mim como aos restantes colegas de Casegas, Sobral, etc). No entanto, durante esse tempo dezenas de idosos faziam diariamente e gratuitamente o mesmo trajecto.
Pergunto-me então: se há dinheiro para pagar aos idosos porque não haverá também para jovens estudantes que não possuem quaisquer rendimentos.
Mais, parece-me também o cultivar de desigualdades entre os alunos das aldeias periféricas e os alunos da Covilhã e arredores, não só pelo tempo perdido diariamente em deslocações (2 horas diárias para os alunos de Casegas!!!) mas também porque os alunos do secundário residentes na sede de Concelho não são forçados a despender dinheiro em transportes.
Aí surgem duas outras perguntas: quais os apoios que a CMC faculta aos jovens que residem nas aldeias do Concelho? Será isso combater a desertificação ou apoiá-la?
Bem, aqui ficam mais algumas farpas ...
Concordo plenamente com todos os comentários aqui postados, deixava apenas mais um; será que a CMC também vai publicar uma lista dos nomes a quem deve? Votos de Boas Festas.
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