quarta-feira, maio 09, 2007

Correio do Leitor enviado por Joaquim Até Ver

Sócrates visita hoje novo centro de atendimento 'Saúde 24'

Diário Económico in 07/05/2007

«O primeiro-ministro, José Sócrates, visita hoje o Centro de Atendimento do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que se destina a apoiar e encaminhar doentes na sequência de um contacto telefónico e que envolverá 45 milhões de euros até 2010.
Além de José Sócrates, estará também presente na cerimónia para lançamento do 'Saúde 24' - serviço que está a funcionar desde 25 de Abril - o ministro da Saúde, Correia de Campos. O 'Saúde 24' pretende assumir-se como um serviço de triagem, aconselhamento, encaminhamento, assistência em saúde pública e de informação em geral sobre saúde.
Segundo dados do Governo, desde 25 de Abril e até ao passado domingo, foram já recebidas na linha 808242424 quase 15 mil chamadas, das quais 80% relacionaram-se com casos de encaminhamento, aconselhamento e triagem.»

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Agora uma caso bem real (acontecido aqui mesmo em Casegas):

No dia 1 de Maio um amigo foi picado por um lacrau e procurámos apoio na linha “saúde 24 horas” 808242424. Entre o momento em que é atendida a chamada e o aconselhamento para ir ao Hospital decorreram mais de 30 minutos. Se a gravidade da situação exigisse uma assistência urgente e imediata estaria aqui hoje a lamentar o tempo que perdemos, repito, mais de 30 minutos, num interrogatório em parte sobre a história da vida do meu amigo.
Pelo meio ficou uma conversa que teve momentos hilariantes. Perguntas como:
"Como é que se chama o bicho?",
"Onde lhe mordeu o bicho?",
"Está em local onde possa baixar as calças?"
Baixar as calças quando se informou que a picada foi na perna, não é anedótico? Será que através do telefone viam a picada do bicho?

Ao célebre: "não vá, telefone", eu diria: "não telefone, vá".

Sr. Primeiro-ministro:

As populações agradecem que não feche centros de saúde e suas extensões, urgências, maternidades e escolas.
As Populações do interior “profundo” querem melhores acessibilidades, pois os ”carritos” que compramos a prestações não andam nas auto-estradas da informação (Internet).
Os reformados querem pensões dignas.
Os trabalhadores querem emprego estável e dignamente remunerado e não desemprego e precariedade.
Os Portugueses querem que o Governo gaste os milhões da União Europeia e dos nossos impostos, num ensino de qualidade, e não na formação e qualificação, à pressa, que mais não serve que para encher os bolsos de alguns e camuflar os baixos indicadores da escolaridade.
Tudo o resto são tretas para entreter o pagode.

3 comentários:

Anónimo disse...

É o País do "SIMPLEX" onde tudo se vai resolver com as novas tecnologias e a flexisegurança, conceitos tão apregoados pelo nosso Primeiro e seus Ministros.

Casamentos e divórcios na hora - encerramento de empresas na hora - mortes nas estradas hora à hora - desemprego a toda a hora - encerramento de escolas, urgências e maternidades a qualquer hora.

E os preços dos combustíveis - dos bens essenciais - da mensalidade dos infantários, creches, jardins de infância e lares - da prestação do empréstimo da casa. ESTÁ TUDO PELA HORA DA MORTE.

famel disse...

Ou melhor...esses preços sobem tds na hora!

Anónimo disse...

No que toca ao sector da saúde,em Portugal,já me manifestei:
é de bradar aos Céus!
Muita incompetência,injustiça,arrogância,falta de civismo e de humanidade.