Há de facto que envolver e criar bons hábitos na pequenada! Promover o associativismo e educar, saber viver em sociedade. Ao contrário do que por vezes se verifica nessa aldeia em que cada um olha para o seu umbigo e cada vez se vive mais em "tribos" ou "clubesinhos da Lulu" onde menino não entra, como já cá foi referenciado. Enfim, "elitismos da merda", passo a expressão...
Parabéns à Casa do Povo pela iniciativa. Para as crianças da minha Terra, que felicito, deixo uma lenda antiga e o começo de uma história nova que nada tem de encantar.
Lenda das obras de Sta.Engrácia...
Pois é...tantas vezes ouvi falar das obras de Sta Engrácia e não fazia a menor ideia que existia uma lenda por trás destas eternas obras...
Simão Pires, um cristão-novo, cavalgava todos os dias até ao convento de Santa Clara para se encontrar às escondidas com Violante. A jovem tinha sido feita noviça à força por vontade do seu pai fidalgo que não estava de acordo com o seu amor. Um dia, Simão pediu à sua amada para fugir com ele, dando-lhe um dia para decidir. No dia seguinte, Simão foi acordado pelos homens do rei que o vinham prender acusando-o do roubo das relíquias da igreja de Santa Engrácia que ficava perto do convento. Para não prejudicar Violante, Simão não revelou a razão porque tinha sido visto no local. Apesar de invocar a sua inocência foi preso e condenado à morte na fogueira que se realizaria junto da nova igreja de Santa Engrácia, cujas obras já tinham começado. Quando as labaredas envolveram o corpo de Simão, este gritou que era tão certo morrer inocente como as obras nunca mais acabarem. Os anos passaram e a freira Violante foi um dia chamada a assistir aos últimos momentos de um ladrão que tinha pedido a sua presença. Revelou-lhe que tinha sido, ele, o ladrão das relíquias e sabendo da relação secreta dos jovens, tinha incriminado Simão. Pedia-lhe agora o perdão que Violante lhe concedeu. Entretanto, um facto singular acontecia: as obras da igreja iniciadas à época da execução de Simão pareciam nunca mais ter fim. De tal forma que o povo se habitou a comparar tudo aquilo que não mais acaba às obras de Santa Engrácia.
AGORA: OUTRA HISTÓRIA, outra lenda, DOS TEMPOS DE HOJE, VIVE A POPULAÇÃO DE CASEGAS E OS CRISTÃOS NOVOS, JÁ NÃO USAM O CAVALO PARA PERCORRER O REINO, MAS OS BMWS E MERCEDES (pagos pelo Povo que ignoram, diga-se)
Era uma vez… OITO MESES DEPOIS DE INICIADOS OS TRABALHOS, MISTERIOSAMENTE E NA CALADA DA NOITE DO DIA 31 DE MAIO, HOMENS E MÁQUINAS QUE SE ENCONTRAVAM A PAVIMENTAR O CAMINHO MUNICIPAL ENTRE CASEGAS E PAÚL, UMA VEZ MAIS DESAPARECERAM… COM BASE NA LENDA, DESAFIO OS VISITANTES DO CASEGAS VAI NUA A ESCREVER A “História” DAS OBRAS DE SANTA ENGRÁCIA EM QUE SE TRANSFORMOU A BENEFICIAÇÃO DO CAMINHO CASEGAS-PAÚL.
O Prémio será um convite especial para assistir à inauguração da obra no dia 19 ou 20 de Outubro de 2007, ou antes, para emigrante ver.
Aproveito este dia e este local para partilhar este texto,que em minha opinião,é deveras interessante.Obriga-nos a reflectir sobre o conceito de criança.
AO CONTRÁRIO AS CEM EXISTEM
A criança é feita de cem. A criança tem cem mãos cem pensamentos cem modos de pensar de jogar e de falar. Cem sempre cem modos de escutar as maravilhas de amar. Cem alegrias para cantar e compreender. Cem mundos para descobrir. Cem mundos para inventar. Cem mundos para sonhar. A criança tem cem linguagens (e depois cem cem cem) mas roubaram-lhe noventa e nove. A escola e a cultura lhe separam a cabeça do corpo. Dizem-lhe: de pensar sem mãos de fazer sem cabeça de escutar e de não falar de compreender sem alegrias de amar e maravilhar-se só na Páscoa e no Natal. Dizem-lhe: de descobrir o mundo que já existe e de cem roubaram-lhe noventa e nove. Dizem-lhe: que o jogo e o trabalho a realidade e a fantasia a ciência e a imaginação o céu e a terra a razão e o sonho são coisas que não estão juntas.
Dizem-lhe: que as cem não existem A criança diz: ao contrário,as cem existem.
MALAGUZZI
P.S.Parabéns por esta bela iniciativa.Mais tarde,estes momentos,serão por elas recordados com nostalgia!
7 comentários:
COMO FERRENSE FAÇO AQUI UM CONVITE A TODOS, VENHAM A FESTA DA CEREJA DA VILA DO FERRO. É NESTE FIM-DE-SEMANA. VENHAM QUE NÃO SE VÃO ARREPENDER.
Boa iniciativa! Quem ganha são as crianças!
Vcs ai na casa do povo n falham uma.
Palavras praquê!....e estamos numa "aldeola". FORÇA CPC!
Amanhã então, vai ser festa rija!
Há de facto que envolver e criar bons hábitos na pequenada!
Promover o associativismo e educar, saber viver em sociedade. Ao contrário do que por vezes se verifica nessa aldeia em que cada um olha para o seu umbigo e cada vez se vive mais em "tribos" ou "clubesinhos da Lulu" onde menino não entra, como já cá foi referenciado. Enfim, "elitismos da merda", passo a expressão...
Boa sorte CPC!
excelente iniciativa.
a pequenada vai gostar.
continuem
Parabéns à Casa do Povo pela iniciativa.
Para as crianças da minha Terra, que felicito, deixo uma lenda antiga e o começo de uma história nova que nada tem de encantar.
Lenda das obras de Sta.Engrácia...
Pois é...tantas vezes ouvi falar das obras de Sta Engrácia e não fazia a menor ideia que existia uma lenda por trás destas eternas obras...
Simão Pires, um cristão-novo, cavalgava todos os dias até ao convento de Santa Clara para se encontrar às escondidas com Violante. A jovem tinha sido feita noviça à força por vontade do seu pai fidalgo que não estava de acordo com o seu amor. Um dia, Simão pediu à sua amada para fugir com ele, dando-lhe um dia para decidir. No dia seguinte, Simão foi acordado pelos homens do rei que o vinham prender acusando-o do roubo das relíquias da igreja de Santa Engrácia que ficava perto do convento. Para não prejudicar Violante, Simão não revelou a razão porque tinha sido visto no local. Apesar de invocar a sua inocência foi preso e condenado à morte na fogueira que se realizaria junto da nova igreja de Santa Engrácia, cujas obras já tinham começado. Quando as labaredas envolveram o corpo de Simão, este gritou que era tão certo morrer inocente como as obras nunca mais acabarem. Os anos passaram e a freira Violante foi um dia chamada a assistir aos últimos momentos de um ladrão que tinha pedido a sua presença. Revelou-lhe que tinha sido, ele, o ladrão das relíquias e sabendo da relação secreta dos jovens, tinha incriminado Simão. Pedia-lhe agora o perdão que Violante lhe concedeu. Entretanto, um facto singular acontecia: as obras da igreja iniciadas à época da execução de Simão pareciam nunca mais ter fim. De tal forma que o povo se habitou a comparar tudo aquilo que não mais acaba às obras de Santa Engrácia.
AGORA:
OUTRA HISTÓRIA, outra lenda, DOS TEMPOS DE HOJE, VIVE A POPULAÇÃO DE CASEGAS E OS CRISTÃOS NOVOS, JÁ NÃO USAM O CAVALO PARA PERCORRER O REINO, MAS OS BMWS E MERCEDES (pagos pelo Povo que ignoram, diga-se)
Era uma vez…
OITO MESES DEPOIS DE INICIADOS OS TRABALHOS, MISTERIOSAMENTE E NA CALADA DA NOITE DO DIA 31 DE MAIO, HOMENS E MÁQUINAS QUE SE ENCONTRAVAM A PAVIMENTAR O CAMINHO MUNICIPAL ENTRE CASEGAS E PAÚL, UMA VEZ MAIS DESAPARECERAM…
COM BASE NA LENDA, DESAFIO OS VISITANTES DO CASEGAS VAI NUA A ESCREVER A “História” DAS OBRAS DE SANTA ENGRÁCIA EM QUE SE TRANSFORMOU A BENEFICIAÇÃO DO CAMINHO CASEGAS-PAÚL.
O Prémio será um convite especial para assistir à inauguração da obra no dia 19 ou 20 de Outubro de 2007, ou antes, para emigrante ver.
Aproveito este dia e este local para partilhar este texto,que em minha opinião,é deveras interessante.Obriga-nos a reflectir sobre o conceito de criança.
AO CONTRÁRIO AS CEM EXISTEM
A criança
é feita de cem.
A criança tem
cem mãos
cem pensamentos
cem modos de pensar
de jogar e de falar.
Cem sempre cem
modos de escutar
as maravilhas de amar.
Cem alegrias
para cantar e compreender.
Cem mundos
para descobrir.
Cem mundos
para inventar.
Cem mundos
para sonhar.
A criança tem
cem linguagens
(e depois cem cem cem)
mas roubaram-lhe noventa e nove.
A escola e a cultura
lhe separam a cabeça do corpo.
Dizem-lhe:
de pensar sem mãos
de fazer sem cabeça
de escutar e de não falar
de compreender sem alegrias
de amar e maravilhar-se
só na Páscoa e no Natal.
Dizem-lhe:
de descobrir o mundo que já existe
e de cem
roubaram-lhe noventa e nove.
Dizem-lhe:
que o jogo e o trabalho
a realidade e a fantasia
a ciência e a imaginação
o céu e a terra
a razão e o sonho
são coisas
que não estão juntas.
Dizem-lhe:
que as cem não existem
A criança diz:
ao contrário,as cem existem.
MALAGUZZI
P.S.Parabéns por esta bela iniciativa.Mais tarde,estes momentos,serão por elas recordados com nostalgia!
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