quarta-feira, abril 18, 2007

A ESTRADA DO NOSSO DESCONTENTAMENTO

O desespero de quem diariamente utiliza o Caminho Municipal entre Casegas e Paul, em obras há mais de 6 meses, ameaça transformar-se em calvário. Sete Kms de buracos, poeira e pedras soltas, sem fim à vista, ameaçam transformar-se num calvário e o padecimento dos condutores eterniza-se.

Homens e máquinas vão saltitando com a frente dos trabalhos. Pela manhã escavam do lado de Casegas, à tarde do lado do Paul, e de novo voltam aos mesmo locais cumprindo um programa de trabalhos que nos baralha e nos deixa a sensação que se pretende adiar a sua conclusão, não sei se por falta de dinheiro ou se para coincidir com qualquer calendário eleitoralista do Município. Já à chegada ao Paul deparamos com o troço que atravessa a quinta do casal onde tudo está na mesma, julgo que pelo facto de o proprietário da quinta, exigir e bem, uma passagem desnivelada sobre a via destinada à passagem de máquinas agrícolas e do enorme rebanho que se alimenta nos férteis terrenos da quinta.

Pelo meio perdeu-se uma oportunidade de corrigir o traçado e dotar a ligação entre Paul e Casegas de parte de uma via moderna para servir as ignoradas Populações do Sul do Concelho, e de ligação ainda ao Concelho de Seia via Pedras Lavradas e Concelho de Pampilhosa da Serra via São Jorge da Beira. Ganha-se um escasso metro na largura, mas continuamos a ter curvas perigosas, inclinações acentuadas e o convite a uma maior velocidade que irá aumentar inevitavelmente a sinistralidade.

Mas como me dizia um amigo: que se espera duma Câmara que “baptiza” modestos arruamentos na Cidade de AVENIDAS E ALAMEDAS?
O caminho Municipal Casegas Paul no léxico Municipal passará a ser, talvez um IC (Itinerário Complementar) ou porque não um IP (Itinerário Principal)?
Quem somos nós para duvidar?
Da ligeira correcção que foi feita de algumas curvas, ficou o traçado antigo que praticamente à mesma cota poderia ser aproveitado como zona de paragem, mas que decidiram simplesmente “entulhar”.
Na zona de “aterro” do Ribeiro das Maias, um aqueduto construído, irá descarregar as águas no centro do “barroco” e destruirá inevitavelmente as pequenas parcelas agrícolas a jusante. Será que os proprietários o consentiram?
Sem qualquer aparente benefício, à descida para o Casal “repetiram” uma curva ao lado da existente que acentuou mais a forte inclinação.
De pontes ou pontões nada nos dizem e como tal impõe-se manter a proibição de circulação a viaturas com peso bruto superior a 3,5 toneladas para que a “nossa “ ponte continue a resistir.

Mais que nunca me convenço que as boas acessibilidades podem ser parte importante da solução para travar a desertificação das zonas rurais. Ninguém escolhe viver a 30 ou 40 Kms da Cidade se os transportes públicos levam 60 minutos a percorrer um trajecto sinuoso e onde o perigo espreita em cada curva.
Mais que um prazer, é um acto heróico viver hoje nos confins de tudo, onde paira a ameaça iminente de encerrar a Escola e o Posto de Saúde.

Será que não merecíamos mais?

Enviado por "Joaquim Até Ver"

10 comentários:

DiasBrancoBernardoCosta disse...

Está ali uma bela porcaria está..Ainda no outro dia vinha a passar do Paúl para cá, quando se me fura um pneu, qual o meu espanto quando vou a ver, tenho um calhau de tuvenan com cerca de 5cm espetado numa roda, que me deixou o pneu sem compostura.
Conclusão:Lá vai o Ruizito comprar dois pneus novos e gastar mas duzentos e tal euros! É bonito assim, isto anda mesmo bom para festas anda...
Vão lá pró raio que os parta antes que os mande para outros sítios!!!

Mas o povo gosta assim, que fazer? Pelo menos assim o tem demonstrado!
Voltámos ao conformismo do antigo regime! Porra parece que anda tudo anestesiado!

Festivaleiro disse...

Arre porra, como pode haver dinheiro para uma estrada entre o Pereiro e São Jorge e Casegas tem que ficar sempre na merda?

Fazendo uma pequena análise económica: quantas pessoas circulam na estrada Sobral - Pereiro - São Jorge? e quantas utilizam todos os dias a estrada Casegas - Pául.

O Presidente Pinto pode não ser amigo das gentes de Casegas e do Sul do Concelho mas não deixa de ter para com elas as mesmas obrigações que tem para com as da sua amada e monstruosa Covilhã.

Pois, deve ser porque é mais bonito fazer pontes pedonais e elevadores do que servir as gentes.

Arre Porra.

Manjedoura, eu cá se fosse a ti mandava a conta dos pneus para a Câmara.

Festivaleiro disse...

Talvez não fosse má ideia chamar-mos cá os gajos do "Nós por cá" da Sic para denunciar esta situação.

É que os autarcas só costumam resolver os problemas quando se vêm confrontados na TV.

Anónimo disse...

até k enfim de o asunto vem àbaila.Já era sem tempo.Acho que deviam todo o automilistas reclamar, pois já à mai de 6 meses k ito asssim continua e nada. Acho que o povo de CAsegas, SoBral e arredores deveriam ter um papel mais activo na resolução do problema.Esta na hora de por mãos à obra. Esses senhores da construtora andam no empata por alguma razão...os proprietários dos terrenos de arredor da nova estrada devem andar tb a dormir...os oficiais que debatem a prevenção rodoviária t não faem nada. Então Caseguenses vamos reclamar?

Anónimo disse...

Se não tinham dinheiro para mexer mais valia deixarem tudo como estava e aos 4 metros de largura que o caminho já possuía, se limpassem as bermas 50 cm de cada lado lá se arranjavam os 5 metros.
E que dizer da falta de visão do dono da obra, a Câmara da Covilhã? Se os €uros, cada vez mais difíceis de ir buscar à banca pela imposição de medidas (acertadas) previstas na Lei das Finanças Locais, chegavam apenas para os 5 "metritos" de alcatrão, deixar a terraplanagem com 8 metros de largura não era um sinal de termos autarcas com uma visão mais rasgada? E alguém quantificou esses custos? Certamente nem seriam assim tão elevados. Sempre que deparo com estes exemplos lembro-me dum amigo que viveu longos anos em Angola e me contava que um Padre Holandês lhe dizia que os Portugueses olhavam o horizonte através dum funil em que “enfiavam” a parte mais larga na cabeça e viam apenas o pequeno círculo projectado na saída mais estreita.
Parece-me que está na altura de as Populações de Casegas e Sobral se revoltarem contra uma obra que caminha a passo de caracol.
Se estão à espera da “massa” que há-de render a venda da ADC- Águas da Covilhã para pagar ao empreiteiro, melhor é fechar aquilo e encaminhar o trânsito via Ourondo.
Haja mais respeito pelas pessoas e bens.

Anónimo disse...

boa tarde,

como mais uma acha para a fogueira desta pouca vergonha que é a estrada( caminho ), qualquer dia por este andar uma vereda - Casegas - Paúl, em miha opinião acho que os representantes caseguenses, " folgo " junta de freguesia chamar a esta estrada7 caminho - De camiho / estrada Carlos Pinto ........ Pode ser que esta seja terminada mais depressa.................

Anónimo disse...

Parece que estamos tramados.
Andam a empatar aquilo porque existem problemas com a expropriação de terrenos que há muito devia estar resolvida, mas.... o grande problema reside no facto de o empreiteiro não ver a côr do metal ( €érios como diz um amigo). Ou será por causa de alguma especie rara, tipo gambuzino real que por ali foi encontrado? Mas para o forró com os Santa Maria e o fogo de artifício no Pelourinho ( centro do reino) já houve dinheiro.
Que a Parkurbis e o aeroporto de Terlamonte a inaugurar antes da Ota, nos valham.

Anónimo disse...

Pensando bem,é uma bela oportunidade de,a meio do caminho, se criar uma oficina de reparação de automóveis.O sucesso era garantido e sempre contribuía para a criação de alguns postos de trabalho e por sua vez o desenvolvimento económico da região.
Nem tudo é negativo.
Quem for arrojado,de horizontes alargados e acima de tudo aventureiro atire-se de cabeça para conquistar o título de empresário com mais sucesso em Portugal.
Boa Sorte!

Anónimo disse...

Sobre o caminho municipal Casegas-Paúl que tal umas ideias publicitárias para a obra de Santa Engrácia ?

Desafio ainda aos mais habilidosos a criar cartazes

Aqui vai o meu contributo.

Há 7 meses que aqui está a nascer uma obra da Câmara da Covilhã / Carlos Pinto.

Inauguração prevista : 20 de Outubro de 2007.

14 anos à frente da Câmara , 10 dos quais, consecutivos, com maiorias e em tempo de vacas gordas, com estradas do terceiro Mundo.

O direito à indignação, contestação e denúncia , pode ser objecto de represálias, mas é uma conquista da liberdade.

Anónimo disse...

à qem dizia que no ourondo nâo avia nada,que prestasse e nâo avia,nada de bom sendo assim a nossa estrada,via paùl est bem melhor,que a de casegas,boa noite,e bons pneus,