quinta-feira, abril 21, 2011

25 de Abril na Casa do Povo de Casegas

4 comentários:

Anónimo disse...

O convívio e a feijoada estavam óptimos pois acredito que não há liberdade de barriga vazia.
Triste mesmo é ouvir o Otelo dizer que já se arrependeu de ter feito o 25 de Abril, depois diz que Portugal precisa é de «um homem honesto como Salazar».
Trinta e sete anos depois de Abril a pobreza está a alastrar como uma epidemia. Uma
nova consciência parece estar a instalar-se na sociedade. O mais insuspeito dos
cidadãos pode vir a enfrentar uma situação de pobreza. É verdade que estamos a
perder muitas das conquistas de Abril e em nome da retracção e das imposições da
Troika e dos especuladores representados pelas agências de Rating, está-se a cortar
perigosamente nos apoios sociais que têm ajudado a segurar a tampa da panela,
esquecendo-se que a moral e a ética terminam quando a barriga está vazia.
Até quando iremos festejar Abril em liberdade e com o estômago confortado com uma
boa feijoada?
Registo ainda a iniciativa que o pessoal da Casa do Povo promoveu para angariar receitas destinadas a financiar as actividades culturais. Durante 2 dias confeccionaram perto de 200 burlhões para venda. Não os provei mas disseram-me que estavam excelentes.
Um bom exemplo que uniu esforços, vontades e saberes.

Anónimo disse...

feijoada tava fixe, os burlhões comiam-se mas fraquinhos

Anónimo disse...

Provei os brulhões e confesso que nada têm a ver com os aromas e sabores de outrora. Pareceu-me estar-se a modernizar a sua confecção introduzindo cebola e carnes frescas de porco que nada têm a ver com os saberes e sabores da nossa gastronomia.
Para mim, o verdadeiro e saboroso brulhão deve ser confeccionado com a pele da cabra cuidadosamente lavada e transformada em sacos minuciosamente cozidos, onde se deve introduzir uma mistura de chouriça e presunto com gordura qb, um pouco de carne de cabra e uma gordura retirada das vísceras da dita, tudo envolvido com um bom arroz e abundância de serpão. E não esquecer que para o arroz ficar solto não se devem encher os sacos em demasia pois não gosto de ver o arroz compactado.
Mudar a receita é “ nouvelle cuisine” que confesso não me entusiasmar.

DiasBrancoBernardoCosta disse...

Tendo em conta a quantidade, até acredito que os Burlhões, para quem não esteja habituado a fazer grandes doses, que não tenham saído a 100%...mas também não creio diferir tanto a receita que apresentas anónimo.

É certo que o Burlhão (escreve-se com maiúscula) não é tão carregado aos aromas da cabra como antigamente, é um pouco ao gosto do freguês vá...

A receita que eu tenho, tem seguramente mais de 100 anos, e leva cebola sim desde sempre, como salsa em abundância,e presunto. Será que devo considerar esta que descreve, da "nouvelle cuisine"?

Já se estavam as peles bem lavadas ou não, já não posso dizer nada, mas também duvido que não estivessem. Até porque as peles hoje em dia, vêm quase lavada, aliás, até as "butchadas" já se compram talhadas e cozidas prontas a "intcher" moderadamente como refere.

Cumprimentos.